Democratização do acesso às fontes históricas: museus e bibliotecas digitais

Por Maria Laura Emiliano Ferreira (108412) e Anna Beatriz de Almeida Basílio (109395)

Ainda na contemporaneidade inúmeros documentos permanecem majoritariamente em estado físico, compondo arquivos e acervos extensos, localizados em dispersas instituições. Esta condição dificulta o acesso ao conhecimento e informações históricas, representando um entrave significativo para pesquisas, curiosidades e acesso popular.

Embora a consulta a fonte primárias pareça atrativa ao dispor de um caráter histórico e cultural de uma época remota, existem dificuldades quanto à praticidade, acessibilidade e interpretação das obras. Nesse sentido, a digitalização de documentos que possam servir como fontes históricas se mostra uma forma de acesso democrático às pesquisas e ao conhecimento.

A exemplo disso, os acervos dispostos em museus digitais despontam como possibilidade de imersão em obras de artes diversas por meio de um aparelho, como o que está na palma da sua mão. A plataforma Google Arts & Culture é uma ferramenta gratuita composta por mais de 2000 museus virtuais interativos, permitindo um fácil acesso ao mundo da arte.

O Google Arts & Culture apresenta esculturas, pinturas, ferramentas interativas, instalações, fotografias, artefatos religiosos e musicais, objetos, animais, estátuas, entre outros itens. Esta tecnologia digital permite uma mudança na concepção contemporânea do que pode ser considerado cultura e patrimônio, ressignificando as formas de conhecer e experimentar eventos históricos. Através de uma projeção imagética há a construção de uma nova realidade, conectando o visual com o virtual.

O autor Fernando Lopes, no artigo “Imagem digital: a representação imagética das redes digitais através da experiência Google Arts and Culture“, aponta como a interação virtual consegue transpor os indivíduos à realidades por eles nunca imaginada e experimentada. Isto demonstra como a digitalização destes documentos, no caso, obras de arte, é fundamental para a construção do imaginário coletivo da sociedade contemporânea.

Para além de acervos de imagens, há bibliotecas públicas que dispõem de arquivos extensos digitalizados, como é o caso da Biblioteca Nacional. Contando com mais de 3.000.000 obras de acesso livre, o que permite que os usuários naveguem entre outras bibliotecas, como a Brasiliana de Literatura Infantil e Juvenil, além de conexões com outros países, como o site França-Brasil.

Iniciativas como as apresentadas acima demonstram exemplos de digitalização de documentos importantes para a atualidade, resgatando memórias de todo o mundo e proporcionando uma interação digital-imagética a qualquer usuário da Internet. Elucidando uma migração do meio físico para o digital, tais ferramentas viabilizam a democratização do conhecimento e de diversas culturas, oferecendo oportunidades de experiências para muitos inimaginada.

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