A História da Moda e a Evolução dos direito das Mulheres

Por: Mariana Braga, Maria Laura e Anna Beatriz.

“A moda é parte da história. Ela reflete o espírito do tempo.”

Valentino Garavani

A moda vai muito além de tendências passageiras. Ela é um reflexo vivo da sociedade e de suas transformações. Dos espartilhos sufocantes do século XIX, que limitavam movimentos e reforçavam padrões rígidos, às calças jeans e roupas leves dos anos 1960, que simbolizavam rebeldia e liberdade, o vestuário feminino sempre contou histórias de lutas e conquistas. Na mesma década, a música popular se tornou outro palco de expressão, e artistas como Gal Costa personificaram essa liberdade de existir e se vestir de maneira autêntica. Com roupas ousadas, cores vibrantes e estilo irreverente, Gal tornou-se um ícone de resistência cultural e empoderamento feminino, demonstrando que a moda pode ser uma poderosa forma de afirmar identidade e desafiar normas conservadoras.

ROLLING STONE. Jornal Rolling Stone – Número Zero. Novembro de 1971.
Foto de Kevin Winter em Getty Images
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Julia Roberts no Golden Globes em 1990. Foto: Getty Images

Vale ressaltar que cada tendência revela um traço do seu tempo. A mulher que antes se via aprisionada por tecidos e convenções passou a usar o vestir como forma de voz, um modo silencioso, porém potente, de reivindicar espaço. Ao longo das décadas, o guarda-roupa feminino se converteu em palco de mudanças: do direito ao voto à entrada no mercado de trabalho, do feminismo das ruas às passarelas.

Na década de 1920, com o fim da Primeira Guerra, as vestimentas tornaram-se mais leves e dinâmicas, em sintonia com o jazz e a vida urbana. Já nos anos 1930, a crise econômica trouxe tecidos mais simples e acessíveis, mas sem abrir mão da valorização da silhueta feminina. A Segunda Guerra Mundial, na década de 1940, reforçou a praticidade, com roupas funcionais e tecidos sintéticos, como o jeans.

O pós-guerra dos anos 1950 buscou retomar a feminilidade, valorizando curvas com corsets e saias rodadas. A juventude ganhou protagonismo nos anos 1960, com a minissaia, o prêt-à-porter e a influência do rock e do movimento hippie. Essa tendência de pluralidade se intensificou nos anos 1970, quando o estilo hippie conviveu com a estética punk.

BRASIL!
Curvada em torno do Rio, um cenário de praias douradas e infinitas. Leme, Copacabana, Ipanema, onde a ação nunca para. Acrobatas, vendedores, barqueiros, pipas, verões sem fim, vôlei e futebol, a paixão nacional do Brasil, vivida aqui e em todo lugar, a qualquer hora.

VOGUE. Dezembro de 1974. Nova York: Condé Nast Publications, 1974.

Nos anos 1980, a moda refletiu a ascensão feminina no mercado de trabalho, com alfaiataria e ombreiras, mas também abriu espaço para combinações mais ousadas. Já na década de 1990, o ideal de corpo magro e a febre fitness marcaram a estética, mesclando elegância e conforto, especialmente com o uso de jeans e modelagens mais largas.

Assim, cada década expressou não apenas tendências estéticas, mas também mudanças profundas nos modos de vida e na inserção social das mulheres, consolidando a moda como espelho da história e da cultura.

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Explore nossa linha do tempo e descubra como, de 1910 a 1990, cada década moldou a moda feminina, refletindo o contexto histórico e as transformações nos direitos das mulheres. Cada roupa conta uma história de conquistas, desafios e liberdade.

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