Por Vanessa Karine Pereira Cunha (120881)
Durante os primórdios da internet, era frequentemente usado o termo “navegar na internet” para se referir ao momento que o usuário entrava por meio de computadores numa conexão temporária com um mundo que poderia ser separada da vida real. Hoje em dia, esse termo foi extinto com o surgimento dos computadores de mão, ou como é mais conhecido, celulares. Entretanto, com esse acesso constante aos computadores de mão nós ficamos presos no mundo digital e com uma tarefa de grande dificuldade: parar de navegar.

Com essa interação ininterrupta com as redes cibernéticas, foi aberto um leque de possibilidades para os usuários como, por exemplo, conhecer novas pessoas, descobrir novos interesses, aprimorar habilidades, criar networking e até mesmo trabalhar. Mas, com tantas opções ilimitadas a serem feitas no cenário cibernético, uma dúvida fica: aonde entra a vida real num cotidiano onde tudo é possível na palma da sua mão?
A pandemia adiou o inevitável
A princípio, o que se pode concluir dessa atual conexão instável da humanidade no mundo real é que se trata do resultado do isolamento social na pandemia do covid-19. Entretanto, apesar de ter sido uma era onde o contato humano só era possível via digital, não é de todo culpado. Trata-se apenas de um intensificador. A humanidade simplesmente não soube voltar ao que era antes – que já não era tão bom, diga-se de passagem.
Impacto na vida real
O efeito disso na prática é visível – pessoas com dificuldades de interagir socialmente, aumento nos índices de depressão e, principalmente, as pessoas vivendo o mundo real já não tem mais o sentimento de pertencimento em grupos sociais como tem nas redes. Isso é resultado da falta de convívio real, olho no olho, diálogos sem interrupções.
É preciso se manter no controle
No final das contas, o problema não está na existencia da internet, mas a forma como lidamos com ela. Estando diante de infinitas possibilidades de interações, descobertas e algoritmos que nos entregam tudo que mais gostamos, é difícil nos desconectar. Ainda assim, é importante construir muros entre ela e sua vida real. Controle de tempo de tela e desligar o dispositivos durante momentos de convívio social já são um grande passo. No final, uma conexão real é muito mais essencial do que uma virtual.