A cultura do cancelamento nas redes sociais

Por Ariadna Akines (120891) e Maria Clara Teixeira (120868)

Podendo ser definida como um boicote virtual, a cultura do cancelamento é um fenômeno que impacta diariamente a vida de pessoas públicas, por declarações ou atos moralmente condenáveis pelo tribunal da internet.

O cancelamento acontece através de campanhas nas redes sociais, chegando a ser até um linchamento virtual. O “cancelado” corre o risco de perder patrocínios – no caso de ser uma pessoa famosa – e até mesmo seu emprego.

Causas do cancelamento

  • Falas que incentivem a violência;
  • Preconceito e discriminação;
  • Práticas criminosas;
  • Comportamentos inadequados;
  • Discordância de opiniões.

Impactos do cancelamento

  • Isolamento social e virtual;
  • Problemas psicológicos (como ansiedade e depressão, por exemplo);
  • Perda de identidade;
  • Descrédito duradouro.

Em 2016, o termo cancelamento foi fortemente associado à cantora estadunidense Taylor Swift, após a disputa pública com, principalmente, Kanye West, mas também Kim Kardashian.

Motivados por Kim e Kanye, os fãs desaprovaram a situação com a hashtag #TaylorSwiftIsOverParty, para que a cantora fosse creditada como mentirosa.

O ocorrido gerou um impacto psicológico profundo na cantora, que se isolou por um ano, excluiu todas as suas redes sociais e se mudou para outro país.

Em resposta a todas as mensagens de ódio que recebeu, Swift retornou à internet com o seu sexto álbum de estúdio, o “Reputation”.

Apesar do cancelamento buscar responsabilizar as pessoas pelo que fizeram, os efeitos são negativos e difíceis de se reverter.

A cultura do cancelamento busca um tipo de justiça, porém deteriora a esfera pública em que é construída a justiça.

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